Oficina Brasil


Hyundai Tucson 2010 baixando o pedal de freio

O SUV da montadora Coreana, equipado com motor BETA 2.0 16v Flex de 146cv, chegou à oficina com a reclamação de estar baixando o pedal de freio

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Por Da Redação


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DIAGNÓSTICO: Imediatamente o profissional saiu para testar o veículo, e constatou que ao acionar o pedal de freio, o mesmo baixava até o assoalho primeiramente, mas no segundo acionamento ficava na posição correta de funcionamento.

Antes de iniciar qualquer procedimento, repetiu o teste de acionamento com o veículo parado e em movimento, com o motor em funcionamento e desligado, constatando que o mesmo fenômeno se repetia em todas as situações.

Convencido de que se tratava de ar no sistema de freios, o reparador realizou a sangria em “Z” no sistema, porém não obteve sucesso, resolveu então realizar a sangria em “X”, mas o defeito persistiu. Dando seguimento à análise do caso, substituiu o cilindro mestre do freio para teste, e o defeito voltou a ocorrer.

O reparador, então sem mais ideias de como proceder, acessou o Fórum Oficina Brasil.  Ao abrir o tópico referente a seu caso, explicou os detalhes do caso quanto a características da falha bem como os testes que já havia realizado. 

Em pouco tempo as primeiras dicas começaram a surgir. O primeiro colega do fórum a deixar sua contribuição afirmou que apesar de ser um carro bem moderno este tipo de defeito é típico de falhas no cilindro mestre. Mas como já foi substituído, significa que o fluido de freio estava vazando para algum lugar, pois somente assim o pedal do freio poderia descer.

Destacou ainda que havia grande possibilidade de o fluido de freio estar vazando para dentro do conjunto ABS. Diante dessa possibilidade, perguntou ao reparador se quando ele sangrava as 4 rodas o fluido de freio saía com pressão bem como se havia inspecionado algum vazamento nas tubulações, corretor de frenagem, pinças e rodas. 

O segundo colega a compartilhar sua experiência explicou que normalmente coloca duas sangrias no cilindro mestre a fim de identificar rapidamente se o problema é no cilindro mestre ou não. Informou ainda que existe outra forma de realizar essa verificação, que consiste basicamente em desligar o módulo do ABS por completo.

Já o terceiro chamou atenção para a realização da sangria no método roda por roda a fim de tirar totalmente o ar do sistema. 

O quarto reparador, por sua vez, recomendou que a sangria fosse feita roda por roda, e caso o técnico não dispusesse de bomba de vácuo ou sangrador elétrico, não havia problema. Informou que não havia problema realizar a sangria pelo pedal do freio, chamando atenção para que este não seja acionado até o final, pois poderia danificar o cilindro mestre. 

Evidenciou ainda que havia outra explicação para o ocorrido: é que, se o veículo tiver freio traseiro a tambor, poderia ser que as lonas de freio estivessem muito longe dos tambores, então a primeira pisada serve para os cilindros das rodas traseiras tirarem a folga e aí a segunda pisada já tem contato das lonas com os tambores, por isso o freio seguro. 

Finalizou, afirmando que se o cilindro foi trocado e o reparador tiver certeza que não tem mais ar na linha de freio, o mais provável é que ele esteja perdendo pressão dentro do ABS. 

O quinto reparador, utilizando-se de sua experiência nesse tipo de análise, afirmou que quando já está desconfiado de alguma roda, pega o alicate de pressão, e estrangula o flexível isolando a roda suspeita, caso não esteja nela a falha, deve-se fazer o mesmo procedimento nas demais rodas. 

Diante dos relatos dos colegas o técnico respondeu afirmando que este procedimento de sangrar  no cilindro é espetacular. E que estava elaborando um procedimento semelhante, mas estava inseguro. 

SOLUÇÃO: O reparador retornou ao Fórum informando que a solução deste caso foi a substituição da unidade do ABS. Com o problema resolvido e mais um cliente satisfeito, o técnico agradeceu os colegas da maior comunidade de reparadores do Brasil.  

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