Defeito: O veículo da Fiat, Equipado com motor Fire, ano 2003, chegou à oficina apresentando tempo de injeção elevado.
Ao iniciar o diagnóstico, o reparador realizou o telecarregamento da ECU de Injeção, mas o defeito persistiu, trocou o módulo para teste, mas novamente o problema continuou a aparecer.
Diagnóstico
O reparador relatou que o carro veio de outra oficina, onde foi realizada a troca da correia de comando e após o serviço não funcionou, por esse motivo foi levado a sua oficina, desmontado.
Complementou dizendo que ao receber o veículo, conferiu o ponto de sincronismo do motor, verificou também o sensor de temperatura, as velas e a bomba de combustível, que estavam novos. Conectou o scanner no sistema do veículo, mas não constatou qualquer código de falhas, mediu a compressão do motor que estava dentro do especificado e ainda conferiu se não havia entradas falsas de ar no coletor, mas não encontrou nada.
Sem saber como proceder, decidiu pedir ajuda dos seus colegas reparadores do Fórum, onde explicou o caso e todos os procedimentos por ele adotados até então.
Um companheiro de profissão, ao ler o relato do reparador recomentou que fosse feito um diagnóstico minucioso, verificando componente por componente sobre sua correta aplicação para o motor em questão, pois provável ser um defeito colocado proveniente da outra oficina.
Alguns dias depois, o reparador voltou ao Fórum e comentou que havia trocado o corpo de borboleta e através do scanner notou uma diferença no tempo de injeção de combustível, relatou também que conseguiu outro arquivo de informações do módulo, mas ao fazer um telecarregamento não obteve melhoras além das percebidas na troca do TBI. Questionou seus colegas se não poderia ser defeito no pedal do acelerador, mesmo que sem apresentar falhas no scanner, pois já havia feito um novo ajuste do ponto de sincronismo do motor, e trocado sensor de temperatura e sensor MAP, mas não percebeu qualquer mudança na falha.
Ainda empenhado no problema do veículo, o reparador reportou que ao medir a taxa de compressão do motor conferiu o valor de 13:1. Comentou a desconfiar que o problema encontrava-se nesse fator, argumentando que provavelmente o motor estava com duas juntas, mas que ao realizarem a manutenção anterior removeram a segunda junta fazendo com que o motor ficasse com uma alta taxa de compressão e ainda disse que iria verificar com mais afinco, pois ao olhar pelo furo da vela notou que o pistão possuía o centro mais elevado, mas estranhou pois não havia sido feito serviço na parte de baixo do motor.
Ao ler todos os detalhes do relato, um outro colega reparador comentou que alguns motores de partida, em determinados momentos interferem no sinal do sensor de rotação e que deveria verificar se o veículo pegava no tranco, em caso positivo, essa seria a causa da falha ou ainda possíveis problemas de aterramento.
Ainda no Fórum, um terceiro reparador questionou se havia sido verificada a chaveta da engrenagem do virabrequim, enquanto um outro companheiro de Fórum questionou sobre a verificação das válvulas e sedes de válvulas.
Solução
Após se deparar com a alta taxa de compressão no motor, o reparador decidiu por remover o cabeçote, dessa forma constatou que o motor havia sido montado com pistões da versão Flex, sendo esse motor a gasolina. Ao informar o dono sobre o problema constatado, o proprietário do veículo não autorizou a troca dos pistões, desse modo, o reparador foi obrigado a montar o motor com duas juntas no cabeçote, como desconfiou que o motor estava montado anteriormente.
Após montar os componentes, mediu a taxa de compressão, que agora estava em 11:1, mas ao continuar a montagem do motor, quando estava para colocar o sensor de rotação, notou que o sensor estava com a guia de posição quebrada, permitindo que ele entrasse em ambas as posições.
O reparador ao constatar isso, verificou o lado quebrado e montou na posição correta. Após finalizar a montagem, o reparador retornou ao Fórum para dar uma posição aos seus companheiros e informou que o veículo voltou a funcionar normalmente e de fato era um defeito colocado, como um dos reparadores havia mencionado.