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Na oficina, Chevrolet Agile é avaliado

De olho no mercado dos compactos premium, a Chevrolet trouxe para o mercado o Agile nas versões LT e LTZ, ambas equipadas com motor 1.4 8v Econo.Flex

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Por Arthur Gomes Rossetti


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O modelo figurou também nas páginas do jornal Oficina Brasil na edição de março último, no comparativo com Renault Sandero e Volkswagen Fox, mas desta vez mostraremos a você novas informações.

Cara de um focinho do outro
Seguindo as tendências de design mundial da General Motors Corporation, o design do Agile teve inspiração em três modelos da marca, sendo eles o Chevy Malibu, o qual ‘cedeu’ o desenho da grade dianteira, a Captiva no desenho dos faróis, e o projeto conhecido como ‘GPiX’, fruto dos designers brasileiros para o desenho da carroceria.

Tantas inovações serviram também para camuflar a já conhecida plataforma, derivada da família Corsa. E parece que a GM fez isso muito bem, pois externamente a impressão é a de que se trata de um automóvel completamente novo.



Motor
Na oficina o propulsor dividiu opiniões. Se analisarmos somente os números de potência, torque e consumo declarados pela montadora pode parecer que ‘tudo é lindo’. Mas na prática não é bem isso que ocorre. Quando testado em dinamômetro de rolo, os números revelados mostraram que o comportamento esteve parcialmente real. Apenas a cavalaria ‘bateu’ com o divulgado no manual do proprietário, porém o torque foi aquém do esperado. Os 12,8 kgf.m obtidos somente a altos 5041 rpm deixam o Agile extremamente preguiçoso em baixos regimes de rotação (ante 13,5 kgf.m a 3200 rpm declarados). É um comportamento que remete aos antigos motores de 16 válvulas, que mostram vigor apenas acima das 4000 rotações por minuto. Desta maneira as trocas de marchas são constantes.

Em alguns momentos críticos como em subidas íngremes ou ultrapassagens, é preciso ‘esgoelar’ o motor. É muito provável que haja uma maior necessidade por manutenção no sistema de transmissão, principalmente quanto à embreagem, quando conduzido por motoristas inexperientes.

Sob o olhar atento do conselheiro editorial e proprietário da oficina Esther Turbo, Antonio Lourenço Marconato, o Tonicão, “o motor do Agile é um velho conhecido do reparador, salvo as inovações no cabeçote (quanto à adoção do comando de válvulas roletado), do novo coletor de admissão e da nova central eletrônica de injeção”, produzida no Japão sob licença da ACDelco e que passa a ter o software 100% desenvolvido pelos próprios engenheiros da GM.

O filtro de ar é o mesmo utilizado na família Corsa, sendo que a tubulação que canaliza o ar admitido da caixa até a borboleta de admissão motorizada é exclusiva para o Agile. Para acessar a bateria o procedimento é o mesmo do já citado Corsa, ou seja, é necessária a remoção da capa plástica de acabamento e da grelha superior.

Como nos demais veículos da marca, o projeto conta com reservatório externo de gasolina para auxílio na partida em dias com baixa temperatura ambiente.

Na oficina, Chevrolet Agile é avaliadoTransmissão
A única opção em caixa de marchas para o Agile é a F15-5, de cinco velocidades à frente mais a marcha à ré. De escalonamento gradual (sem grandes buracos entre uma marcha e outra), para o reparador efetuar a remoção basta seguir a mesma seqüência utilizada na família Corsa. O acionamento da embreagem é feito por cabo de aço, assim como os trambuladores.

O coxim inferior do câmbio também é o mesmo utilizado no Corsa. De durabilidade e robustez comprovadas, o deslocamento do conjunto porwertrain esteve dentro do esperado, confirmando a eficácia do componente.

A alavanca seletora interna continua a ostentar o botão para liberação de engate da marcha à ré, típico desta família de veículo.

Freios, suspensão e undercar
Aqui a história se repete. Todo o undercar do Agile é semelhante ao da família Corsa, assim como o sistema de freio e as bandejas monobraço na dianteira, aliadas ao control arm.

Na oficina, Chevrolet Agile é avaliadoNa parte traseira as molas do tipo helicoidal ‘barril’ cumprem muito bem com a função, deixando o Agile confortável diante de ruas esburacadas. A troca dos amortecedores continua a ser simples e prática, devido à localização paralela em relação às molas.

Para as dimensões externas e do tamanho avantajado da caixa de rodas, os aros de 15 polegadas calçados em pneus Pirelli P6000 de medidas 185/60 à primeira vista parecem pequenos. Opcionalmente é possível adquirir aros de 16 polegadas, mas para a estética ficar ideal com o arrojado desenho da carroceria, aros de 17 polegadas seria o ideal.

Habitáculo
A parte interna é o ponto forte do modelo. De design inovador, o conforto nasce logo à primeira vista ao se deparar com os confortáveis bancos com acabamento em veludo. Como aliado está o formato do console central, com boa funcionabilidade e visor digital. Os ponteiros do velocímetro e conta giros desaparecem ao desligar o motor e surgem logo após girar a chave.
Para acessar o conector de diagnose, basta remover a tampa plástica de acabamento localizada abaixo do volante, junto da caixa de fusíveis interna.


Dica
Quando equipado com sistema de frenagem antibloqueio ABS, devido à plataforma de o projeto ser antiga, a junta homocinética ainda é do tipo que possui roda fônica externa. Ao trocá-la, lembre-se de fazer o pedido do modelo certo!

Na oficina, Chevrolet Agile é avaliado

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