Oficina Brasil


Mercado: Continuamos crescendo!

Parece incrível, mas o que era ruim conseguiu ficar pior! Mal iniciamos o ano com a esperança de nos livrarmos da pandemia surge esta inacreditável invasão da Ucrânia pela Rússia com efeitos (novamente) devastadores sobre a combalida economia mundial e brasileira

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Por Equipe CINAU


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Uma das consequências foi a disparada dos preços dos combustíveis, inflação dos alimentos e geral, enfim as notícias ruins se multiplicam como coelhos...

E o nosso mercado de reposição? Pois é... graças ao PULSO DO AFTERMARKET estamos fechando a terceira semana de março em plena confusão mundial com um crescimento das passagens (serviços) nas oficinas independentes da ordem de quase dois porcento!

Uma marca fantástica considerando que este crescimento é sobre a média acumulada em 2021 que foi da ordem de 12% e que ainda tivemos os feriados de Carnaval que jogaram os serviços para muito abaixo da média.

Num cálculo de padaria, se mantivermos esta média o ano de 2022 pode bater dois dígitos de crescimento, uma marca surpreendente diante de nosso novo cenário ainda mais caótico.

Acompanhe no gráfico abaixo o desempenho das oficinas semana a semana:

Acumulado de 1º de janeiro a 19 de março de 2022: + 1,91%

Média de passagens nas oficinas, medida pela CINAU em 14 estados que abrigam aproximadamente 90,96% da frota circulante no País

Qualitativo

Além dos dados de passagens acima, nesta edição do PULSO DO AFTERMARKET trazemos os resultados da survey que a CINAU realiza mensalmente uma pesquisa para extrair os indicadores que vocês já estão acostumados a acompanhar e ajudam a entender melhor o comportamento de compras da oficina inclusive no ambiente digital.

Falando em PULSO DO AFTERMARKET vamos à análise dos dados da survey que sempre acompanha o gráfico do PULSO (acima).

A pesquisa de percepção que chamamos de “qualitativa” neste mês ouviu 289 oficinas em todo o território nacional entre os dias sete e oito de março.

Os resultados são exibidos nos gráficos abaixo em que destacamos alguns aspectos.

A percepção de falta de peças continua elevada ainda que tenha caído um pouco em relação à medição anterior (66%) para (59%) o que pode ser um bom sinal, principalmente quando tivermos a próxima medida no mês que vem, pois por enquanto está variação, apesar de indicar certo alívio, está dentro da margem de erro da pesquisa.

Já a relação dos reparadores com seus clientes continua mais “solidária” no desafio de encontrar peças e uma parcela considerável de oficinas (42%) revela que em alguns casos tem dividido esta árdua tarefa de encontrar peças com seus clientes.

A falta de peças justifica 39% desta delegação, já a falta de capital de giro em menor escala 21%, assim como o medo da inadimplência com 30%. Nada de muito diferente do que observamos nos meses anteriores.

Uma coisa é certa, esta falta de peças está demorando a arrefecer e nossa previsão de que as coisas voltariam ao normal no primeiro trimestre de 2022 está indo por água abaixo.

A verdade é que o reparador muitas vezes com a ajuda de seus clientes (e até da internet) está conseguindo driblar a situação, ainda que com perdas significativas de produtividade.

Perdas essas que apesar de reais não estão conseguindo empanar o crescimento do mercado de reposição e as vendas sempre crescentes de fabricantes e toda a cadeia comercial.

Hoje só perde no mercado de reposição, das oficinas, passando pelos agentes comerciais, fabricantes e importadores quem está com problemas estruturais em seu negócio. Como já manifestamos em um de nossos editoriais o aftermarket é uma mãe!

Bom já que falamos em internet, o PULSO DO AFTERMARKET tem dedicado uma boa parte de seus estudos para avaliar o desempenho deste canal que cresceu 300% na pandemia e com esta persistente falta de peças tem mantidos níveis de acesso dos reparadores em níveis nunca experimentados.

Porém os indicadores de sustentabilidade deste canal, que estão diretamente ligamos à “produtividade” da oficina mostram que a internet ainda é um mal necessário para as oficinas, porém assim que as coisas voltarem ao normal, os reparadores retornarão aos seus fornecedores tradicionais.

Não se trata de “conservadorismo” por parte do reparador, mas simplesmente de produtividade, pois para a oficina a peça é um insumo básico e a eficiência e eficácia da operação de reparo da oficina depende de conseguir a peça certa no tempo certo.

O canal digital está tentando fazer sua “lição de casa” resolvendo seus três grandes gargalos que são a logística, os catálogos e as peças falsificadas. Neste sentido o Mercado Livre tem dados passos importantes garantindo em muitas localidades entregas no mesmo dia, adoção de um sistema que mitiga a possibilidade de compra de peça errada e ações para coibir a presença de vendedores duvidosos.

Confira a seguir, os vários gráficos que ilustram os comentários acima e entenda ainda mais sobre o comportamento do mercado.

CANAL DIGITAL

Enfim diante de toda esta confusão nossas visões são otimistas, porém aquele otimismo reservado e principalmente amparado em dados e fatos, aliás não por outro motivo que divididos com você mensalmente no PULSO DO AFTERMARKET.

Agora se você precisa de mais informações sobre o mercado de reposição e percepção de sua empresa junto às oficinas brasileiras, não hesite em nos contatar pelo e-mail cinau@cinau.com.br.

Até o próximo PULSO DO AFTERMARKET.

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