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Dayco destaca os principais avanços no mercado aftermakert e a importância do reparador

Neste mês conversamos com exclusividade com Nathalia Amorim, Gerente de Marketing em toda américa do Sul, ela destaca como faz para se diferenciar das outras marcas, como encara o desenvolvimento tecnológico e os desafios futuros

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Por Da redação


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Conte um pouco sua experiência profissional e trajetória na DAYCO?

Eu sou formada em publicidade e propaganda e estou na Dayco há 8 anos. Costumo dizer que eu nasci no mercado de Aftermarket, pois desde pequena acompanhei meu pai, que atuava em uma empresa de filtros, visitando fábrica e até mesmo a Automec. Trabalhei durante 6 anos na Dyna (no ramo de palhetas) como estagiária e fui subindo de posição até chegar a analista. Como eu queria trabalhar no setor de serviços, resolvi sair da Dyna e fui fazer parte do time de uma empresa de logística, onde permaneci por 3 anos. Porém, percebi que a minha “vibe” não era essa, eu gosto mesmo de trabalhar com produtos. Desde então sigo com a Dayco, como gerente de marketing e produto representando toda a América Latina. Atualmente, sob a minha responsabilidade fica toda a parte de comunicação e produtos (feiras, eventos, ações de relacionamento, campanhas promocionais, lançamentos de produtos, assistência técnica e a área de BI - business intelligence).  Claro que eu conto com uma equipe para me auxiliar em todas estas funções, inclusive, com colaboradores fora do país, no México, para dar suporte às demais localidades da América Latina.

Vimos recentemente que a DAYCO está crescendo muito e pretende ampliar suas operações fabris no Brasil para duplicar suas exportações. Poderia nos contar um pouco mais desta nova etapa da empresa e os desafios atuais?

Aqui (na Dayco) costumamos falar que temos operações principalmente em três países: Argentina, México e Brasil, onde temos a maior demanda. Por isso, em março de 2020, a Dayco decidiu abrir uma fábrica em território brasileiro. Juntamos as três unidades menores que já existiam por aqui e transformamos em um polo fabril e distribuidor mais organizado e moderno localizado em Indaiatuba (SP). Além disso, contamos com a planta (fábrica) da Argentina, que é uma das principais fornecedoras para o Brasil. E, para o próximo ano, vamos inaugurar uma unidade no México voltada também para o aftermaket. 

Em 2018 a DAYCO cresceu cerca de 20% sobre 2017 no pós-venda. Faturou US$ 70 milhões com aftermarket na região, o equivalente a 14% de todo o faturamento mundial da companhia com o segmento de reposição, que foi de US$ 500 milhões, afirmou o diretor de aftermarket para a América do Sul, Marcelo Sanches. De acordo com o PULSO DO AFTERMARKET, em 2022 o movimento das oficinas cresceu 12%. Este crescimento foi sentido por vocês e como vocês avaliam o segundo semestre deste ano?

A Dayco continua crescendo e sua presença na America Latina vem sendo notada pelos acionistas. O mercado latino tem grandes oportunidades, enquanto que em outros países ele se mantém mais consolidado. A perspectiva é que todo este crescimento deva continuar por um bom tempo e com prospecção acima de 2 dígitos no segundo semestre.

A DAYCO é uma empresa global com forte atuação em todos os países em que está presente, tanto no desenvolvimento de projetos com as montadoras, quanto no mercado de reposição. Como a sua equipe se beneficia desta posição mundial junto às principais montadoras?

O fato de desenvolvermos produtos junto às montadoras internacionais nos traz muita tecnologia que conseguimos passar para o aftermarket e ser pioneiro em muitas delas. Um grande exemplo disso é a correia banhada a óleo, que foi um lançamento de muita repercussão por exigir do aplicador um treinamento específico. Nós, além de desenvolvermos a tecnologia, nos preocupamos em “desenvolver” o aplicador. Ou seja, a vantagem de estar conosco é que o consumidor da Dayco terá acesso a estas tendências tecnológicas em primeira mão no mercado de aftermaket. Para isso contamos com promotores técnicos comerciais da própria Dayco, levando informação diariamente para as oficinas de todo o Brasil. O pós-venda conta ainda com especialistas e um departamento de qualidade para gerar o devido suporte aos nossos clientes. Além disso, os reparadores também podem acessar nossos canais de divulgação e assistir palestras técnicas. Abordamos conteúdo técnico mesmo nestas ações, não tem nada de vendas de produtos, queremos levar conhecimento. Somente neste ano estimamos treinar diretamente mais de 8 mil aplicadores.

A experiência global da DAYCO com as principais montadoras é uma realidade e no aftermarket há lições e/ou experiências que podem ser trazidas de outros países para o mercado brasileiro de reposição?

Ultimamente eu prefiro trazer o pessoal para cá do que ir até lá, já que nosso país vem se tornando uma vitrine para o mundo todo. É importante que a equipe veja o que fazemos in loco, assim como nós vamos até eles e pegamos o exemplo que está funcionando pra adaptar ao nosso mercado. É uma troca que vem funcionando super bem.
O mercado como um todo está mudando, carros híbridos e elétricos já são uma realidade, portanto, atuar próximo ao aplicador é fundamental. Só assim podemos entender quais são as necessidades do setor e partir para novos segmentos. Por muito tempo, a Dayco foi conhecida como uma empresa de correias, tensionadores e polias. No entanto, hoje em dia, o nosso portfólio vem ampliando de forma global. Na Europa, por exemplo, já temos mais de dez famílias de produtos comercializados. No Brasil estamos partindo para o setor de mangueiras,  arrefecimento, cabo de vela e suspensão (lançamento recente na Automec). Todos os nossos produtos desenvolvidos tem qualidade original, prezamos muito por este padrão mesmo recebendo produtos importados, para agradar, principalmente, os aplicadores. Custo e benefício fazem parte de nosso desenvolvimento de produto.

Focando no mercado de reposição brasileiro, como a DAYCO avalia esta proliferação de players nos elos comerciais como distribuidores, regionais, atacarejos (locais, regionais e nacionais), redes de lojas, internet etc.? Esta “nova configuração” da cadeia comercial é uma ameaça para as indústrias ou uma oportunidade?

A Dayco não enxerga como uma ameaça. Realmente, o Brasil é um caso à parte, um país de oportunidades, então existe espaço para todos. Sendo transparente e trabalhando com seriedade todos crescem: aplicador, varejo, atacarejo, etc. No fim, o reparador tem cada vez mais opções e isso é bom para todo mundo.

A evolução digital impactou de forma até “disruptiva” muitos setores da economia, como a DAYCO avalia a “digitalização” no segmento de aftermarket?

O canal digital da Dayco foi muito desenvolvido durante a pandemia. Por ser uma empresa com mais de 100 anos no cenário atumotivo, partir para o digital foi desafiador, existia uma certa insegurança. Porém, muitas ações no digital foram puxadas para o Brasil e expandidas para o global. A primeira live do setor foi feita pela Dayco, não podíamos deixar de estar perto do aplicador mesmo diante daquele cenário de distanciamento. Hoje, o principal canal eletrônico da empresa é o Instagram, pois temos maior interação orgânica e retorno nesta plataforma. E, agora, passamos a mesclar nossa atuação em presencial e digital. 

Hoje um dos principais desafios das indústrias que atuam na reposição envolve a diversidade inacreditável de aplicações (SKUs), como o time de reposição da DAYCO encara esta realidade?

Há portfólios diferentes para cada país em que atuamos. Com isto, atendemos de forma assertiva às demandas locais. Gerenciar toda esta gama de produtos só é possível com o trabalho em equipe que temos. 
Como a DAYCO encara esta realidade e trabalha no lançamento de novos produtos?
Contamos com o nosso time de atendimento, o SAT (serviço de atendimento técnico), equipe comercial e o pessoal que atua fora do país exercendo relacionamento com as montadoras. Feito isto, avaliamos as vantagens de trazer o produto para o Brasil e utilizamos nossos canais de divulgação, das mídias especializadas e, principalmente, com a proximidade que temos com o reparador. Sempre que temos um lançamento tentamos conciliar com a participação da marca em alguma feira do setor, como foi feito na última edição da Automec que, diga-se de passagem, foi excelente!

Fazendo uma analogia, diz-se que os grandes marinheiros se consagraram em mares agitados, quais aprendizados foram absorvidos pela equipe da DAYCO ao longo destes 3 anos?

Com certeza ganhamos muito mais agilidade nos nossos atendimentos. Informação e tempo foi o que conseguimos aprimorar quando entramos no digital. Ter uma comunicação mais direta com nossos consumidores espalhados pelo mundo fez com que nosso portfólio se tornasse muito mais focado. Apesar da Dayco ser global, ela também é muito local. Estamos diariamente mantendo este contato com quem realmente vive a realidade de mercado nas ruas e oficinas de países afora.

Esta última não é uma pergunta, mas um espaço para você transmitir sua mensagem às 53 mil oficinas que assinam nossa MALA DIRETA. Fique à vontade

O reparador é quem indica o nosso caminho dentro da Dayco. É através dele que sabemos se o produto e qual produto está dando certo ou necessita de melhorias. O aplicador tem que ser visto e ouvido, pois, apesar do nosso produto ser bem técnico, a aplicação muda conforme os cenários em que ele é exposto. As ruas daqui não são as mesmas das ruas do Japão ou da Argentina, por exemplo. Oferecer o produto que é melhor indicado para aquele aplicador em específico é o nosso trabalho diário. Produto e informação. Lidamos como parceiros dos reparadores automotivos, vocês são o nosso foco.  

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