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Administrando sua automecânica: Empresário Investidor

O setor de reparação automotiva pode ter alta lucratividade, quando há uma boa gestão da empresa, e por isso tem atraído cada vez mais sócios investidores

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Por Pedro Luiz Scopino


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A maioria das empresas do setor de reparação automotiva do Brasil são pequenas ou microempresas. Empregam em média, de 2 a 3 pessoas, e ainda são empresas familiares, e isto é mais comum do que se pensa. Neste tipo empresa, até mesmo pelo seu tamanho, tem um sócio produtivo. E não tem nada de errado nisso, muito pelo contrário, são empresas que ligam amor à profissão com amor a empreender, e as pequenas e microempresas são as que mais empregam no Brasil!

O sócio investidor enxerga os números e a produtividade
Mas há também o sócio investidor, que enxerga a empresa como negócio, e negócio tem que gerar lucro! Assim, a forma de trabalhar é pautada em números, em objetivos, metas e crescimento bem controlado e estudado. Esse tipo de sócio injeta dinheiro, ou um espaço, ou equipamentos, ou em uma expertise para atrair clientes, ou de tudo isso um pouco, e tem os objetivos bem definidos. Ao enxergar os números é possível gerir e comparar os períodos anteriores, por exemplo, comparar o crescimento do faturamento a cada 15 dias ou um mês. Comparar com o mesmo período no ano anterior. Entender se o faturamento é maior no primeiro ou no segundo semestre do ano. Essa comparação também serve para a parte produtiva, em que é possível premiar os melhores, seja por comissão ou por prêmio por meta atingida, ou até mesmo por meta global, para toda a equipe de trabalho.

É criando processos que a melhoria é contínua e eficiente
O empresário investidor não pode ser um “empresidiário”, ele pode, dependendo da sociedade, nem conhecer de carros, nem aparecer na empresa, tudo depende do contrato da empresa. Grandes redes de oficinas, principalmente no campo de atuação undercar, parte de baixo do veículo como pneus, amortecedores, molas, bandejas, balanças, alinhamento e balanceamento, vão ter um sócio operacional ou um gerente da loja. E o empresário investidor ou às vezes, um grupo investidor, quer saber dos números, onde os colaboradores, dependendo do nível de hierarquia, trabalham com ganhos sobre desempenho, ou seja, quanto mais ele fizer a empresa faturar, mais ele ganha! Ou seja, desta forma o colaborador passa a ser parte da empresa, não está ali apenas superficialmente. Ele não veste a camisa da empresa, ele é a empresa.

Você é um empresário investidor ou empresário produtivo?
Esta é uma pergunta interessante. A maioria no Brasil é empresário produtivo, mas nada impede de, em certa fase de sua vida, ser um empresário investidor, atuando em novos negócios, ou até mesmo em filiais ou franquias. Já quem investe quer retorno, quer ter o seu dinheiro de volta em um determinado período, e depois continuar a receber pela empresa que ajudou a criar ou a crescer. O importante é saber dos números, seja você um empresário produtivo ou investidor, quem sabe e conhece os números pode criar metas, objetivos, provocar um crescimento da empresa, ou manter ela saudável financeiramente.

CONCLUSÃO

A margem de lucratividade na prestação de serviços automotivos é muito boa, podendo superar a casa de 20, 30, 40% ou mais. E isso, comparado com outros mercados é notável o quanto vale um investimento para ter retorno previsto em um curto espaço de tempo. Por isso, nosso setor tem atraído cada vez mais investidores, pessoas que necessariamente nem conhecem sobre carros, nada sabem sobre elétrica, não tem conhecimento sobre mecânica, nem sonham o que é utilizar um scanner automotivo! Mas são empresários com visão! Empresários focados em gestão, que acompanham os números, que se preocupam com os níveis de satisfação dos clientes, com as horas vendidas por produtivo, no desempenho do time no último mês, semestre ou ano, que comparam períodos semelhantes em anos diferentes, que analisam os indicadores de produtividade e vendas de peças e acessórios! E talvez, o setor automotivo brasileiro tenha espaço para o empresário investidor. Mesmo porque muitos são empresários produtivos, sendo dentro universo a falta de gestão eficiente um grande problema, a questão de juntar as forças, do produtivo com o investidor, pode dar bons resultados em algumas regiões do país. 
Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial!

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